Doping tecnológico, conheça os principais casos.

Doping tecnológico, conheça os principais casos.

Cada vez mais o tema doping tecnológico vem sido discutido e abordado entre organizadores de provas e profissionais do esporte.

Mas afinal, o que é isso? Nós do Doctors Bike resolvemos investigar e contar um pouco sobre os casos mais icônicos que já aconteceram e contar um pouco sobre o que isso tem a ver com meias de compressão e a bike.

O doping tecnológico, é quando algum equipamento ou condição favorece o atleta durante as competições, fazendo com que ela obtenha um ganho de rendimento e performance frente aos seus adversários.

Bike com motor escondido.

No universo da bike, um caso bastante famoso foi o de uma atleta belga de 19 anos que usou um motor elétrico no seat tube da sua bike que aumentou a velocidade em 5km/h por 1 hora.

Esse aumento de velocidade não parece ser muito a princípio, mas mas se fizermos a conta, se colocássemos ela nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, não só ela ganharia a prova, mas também colocar 7 minutos em cima da segunda colocada, ou seja, muita coisa pensando em atletas de alto rendimento.

Maiô super hidrodinâmico

O caso de doping mais conhecido entre todas as modalidades de esporte e que talvez seja o que tenha mais marcado foi o dos maiôs de natação usados em Pequim pelo Michael Phelps.

O Maiô super hidrodinâmico feito de poliuretano aumentava o rendimento entre 4 e 5% dentro d’água. Não é atoa que muitos recordes foram quebrados naquela Olimpíada.

Tênis que te acelera

E para encerrar, o caso mais recente foi o tênis Vaporfly da Nike que foi usado pelo maratonista Eliud Kipchoge para, pela primeira vez na história, realizar uma distância de maratona (42,2km) abaixo de duas horas (1:59:40).

As entidades ainda vem investigando o porque ele promete dar 4% a mais de rendimento para o atleta, mas está relacionado a tecnologias da entressola.

Meias de compressão

Agora vamos falar das polêmicas meias de compressão que são de fato a nossa especialidade. Como médicos cardiovasculares e fãs da bike estamos aqui para desmistificar de uma vez por todas estas polêmicas.

Então, como estas meias funcionam? As meias de compressão tem um papel muito claro, como diz o nome, elas comprimem as veias e artérias de fora para dentro, melhorando a circulação na região e com isso diminuindo a concentração de ácidos lácticos e outras “sujeiras” que a prática de exercício acumula dentro de você.

Mas então faz sentido elas serem proibidas em provas de alta performance, como por exemplo provas da UCI, onde não é permitido meias mais compridas que o meio da canela? Bom, vamos lá!

Existem estudos científicos que comprovam que efetivamente as meias de compressão podem melhorar significativamente a performance de um atleta, algo em torno de 5% a 7%, portanto faz sentido sim este movimento de grandes provas estarem banindo o uso delas.

Porém, não é o fim delas, aliás, é só o começo.

Um dos principais (se não o principal) benefícios das meias de compressão é na hora do recovery (recuperação), onde elas tem um papel fundamental na limpeza dos vasos sanguíneos e músculos, possibilitando o atleta a treinar dias seguidos sem perder rendimento ou qualquer tipo de dor ou incômodo que seria proveniente do acúmulo de ácido lático nos músculos.

Então galera, podem usar as meias nos treinos, abusem muito delas nos seus descansos e recoveries de treinos e se quiser usar em uma prova, leia atentamente o manual da prova e as restrições para que não tenha nenhuma surpresa na hora. Bons treinos a todos. E boa recuperação.

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